Nos meses de verão, durante junho, julho e agosto ocorrem aumentos de temperatura e ondas de calor que, por diferentes razões, podem provocar que o nosso disco rígido deixe de trabalhar corretamente e não podamos aceder aos dados.
Esta avaria, que comummente denominamos “descompensação térmica” aumenta consideravelmente durante os meses de verão. Segundo os dados da Recovery Labs, durante 2006, 21,98% dos discos rígidos que entraram no laboratório, sofriam uma avaria de descompensação térmica, dos quais quase 70% entraram durante os meses estivais de verão.
Muitos dos sintomas indicam que um disco rígido não esta a funcionar corretamente por causas derivadas da temperatura. Portanto, identificar o problema na hora e tentar evitá-lo pode poupar um grande problema, como a perda de dados importantes para nós ou a nossa organização.
Os sintomas que indicam que o disco não funciona bem por causas derivadas da temperatura são muitos.
O primeiro a ter em conta é que um disco rígido é um dispositivo de precisão e para o seu bom funcionamento muitas peças mecânicas devem funcionar corretamente e coordinadas umas com as outras. Uma desviação mecânica em qualquer delas pode causar a impossibilidade de ler uma informação previamente armazenada no disco.
Qualquer peça mecánica está desenhada para um ótimo funcionamento num intervalo específico de temperatura. Fazer funcionar o equipamento a uma temperatura superior para a qual foi desenhada causará esgotamento e desgaste, pelo que pode reduzir a sua vida útil. Dito stress será maior quando a temperatura de funcionamento mude bruscamente num corto espaço de tempo.
Vejamos o seguinte exemplo:
No verão é muito normal que durante o dia de trabalho o ar condicionado mantenha os escritórios a uma temperatura ambiente de, por exemplo, 21 graus. Quando finalizar o dia normalmente desliga-se o ar condicionado exceto os computadores. Isto é cada vez mais habitual sobretudo em ambientes domésticos e em poucos minutos poderemos passar a uma temperatura ambiente de 40 graus, repetindo o ciclo dia após dia.
Explicação do problema: vamos tentar explicar de uma forma simples a causa pela qual não é possível ler dados de um dispositivo com esta avaria. Para isso vamos ver um exemplo mais ilustrativo: os discos de vinil dos antigos gira-discos.
Imagine por um momento que pomos um disco de vinil para ouvir uma determinada música. Você coloca o disco no prato, começa a girar e coloca a agulha leitora para ouvir uma música. Ora, o que aconteceria se o disco tivesse estado exposto ao sol e ficasse dobrado? Possivelmente o sulco da faixa já não formaria uma espiral perfeita e teria deformações, pudendo fazer que a agulha salte a faixas adjacentes sem conseguir ouvir a música desejada corretamente. O mesmo ocorreria se a peça afetada fosse a agulha.
Há muitos sintomas que indicam que o disco não está a funcionar bem por causas derivadas da temperatura.
O primeiro que há que ter em conta é que um disco rígido é um dispositivo de precisão e que para o correto funcionamento, muitas peças mecânicas devem funcionar corretamente e coordenadas umas com as outras. Um desvio mecânico em qualquer delas pode tornar ilegível uma informação previamente armazenada no disco.
Qualquer peça mecânica está desenhada para um ótimo funcionamento num intervalo específico de temperatura. Portanto, fazer funcionar o dispositivo a uma temperatura superior para a qual foi desenhada causará stress e desgaste, pelo que pode reduzir a sua vida útil. Dito stress será maior quando a temperatura de funcionamento varie bruscamente num curto espaço de tempo.
Uma deformação ou desajuste em qualquer das peças internas de um disco provoca que a cabeça leitora não fique na posição correta e sobre o sector que foi previamente escrito, impedindo o acesso aos dados.
É possível recuperar a informação. Para identificar corretamente a origem do problema é necessário realizar a abertura da tampa do disco. Para realizar esta abertura é preciso fazê-lo nas condições adequadas de limpeza de ambiente no interior de uma sala limpa. Há que ter em conta que a cabeça de leitura/escritura não toca o disco quando está a girar a grande velocidade; pelo contrário, frota sobre uma camada de ar extremamente fina (10 milionésimas de polegada).
A seguir devemos ir modificando as condições de torção e temperatura para as quais se consegue o alinhamento justo entre a cabeça leitora e os dados armazenados. Pode dar-se o caso que haja que ir modificando esses parâmetros em função da zona do disco sobre a que se estiver a trabalhar. Isto faz que esta operação não seja rápida e simples em alguns casos mais complexos.
Como já vimos, as altas temperaturas são um dos grandes inimigos dos discos rígidos e não só pela descompensação térmica, já que as altas temperaturas são a causa indireta de outro tipo de avarias produzidas nos equipamentos informáticos. Quando aparecem ondas de calor, geralmente aparece por sua vez um incremento espetacular no uso da electricidade. Esta demanda pontual de electricidade deve-se ao uso de aparatos de ar condicionado. Mais calor, mais potencia requerida pelo uso deste tipo de aparatos. Já explicamos a problemática das mudanças de temperatura num determinado ambiente. No entanto, agora há algo diferente e é que a grande demanda de electricidade solicitada, em algumas ocasiões, pode chegar a causar incidências no fornecimento eléctrico que chega à nossa tomada de rede eléctrica. Podem ser apagões eléctricos, aumentos, descidas ou picos na tensão fornecida. Quando surgem estas situações, os nossos aparatos eléctricos encontram-se perante o risco de sofrer avarias nos circuitos electrónicos que tragicamente acabam num mau funcionamento ou uma paragem súbita. Isto faz que o aparato deixe de funcionar.
Para nos protegermos frente às altas temperaturas há que conseguir que o ar cumulado no interior da caixa do nosso computador seja evacuado corretamente e substituído por ar de uma temperatura menor. Os computadores de marcas conhecidas costumam estar bem preparados para que este fluxo de ar se realize adequadamente. No caso de não ser assim, podemos recomendar.
Para nos proteger perante as incidências eléctricas podemos tomar as seguintes medidas:
Sobretudo, há que ter em conta que:
“Uma perda de dados não ocorre quando um dispositivo se estraga ou deixa de funcionar adequadamente, mas sim quando se estraga e não dispomos de uma cópia de segurança dos dados que contem”
Fonte: Recovery Labs